Cláudia* tem 64 anos de idade, é divorciada, tem dois filhos e um neto, trabalha como secretária em uma empresa de médio porte; de uns meses para cá vem notando mudanças na sua capacidade de gerenciar a agenda de compromissos, lembrar de alguns dados e está se demorando mais para responder dúvidas por telefone ou pessoalmente enquanto realiza algumas anotações.
Cláudia*, por ser secretária, costuma estar sempre informada sobre os avanços da ciência na geriatria, mas até o momento não conseguiu sanar uma pergunta que anda lhe perturbando: como pode manter a agilidade em recordar compromissos, responder prontamente enquanto está fazendo anotações e gerenciar a agenda? Este questionamento da Cláudia* é também de outros idosos que se mantém ativos profissionalmente.
Com a expectativa de vida em elevação, há algumas pesquisas, dentre elas de Ballsteros e cols (2015) indicando três possibilidades a serem utilizadas com a finalidade de prevenir o declínio cognitivo:
Abordagem apoiada em treino físico
Atividades aeróbicas, esportes onde haja interação, danças e até artes marciais – o tai chi. Você pode estar se perguntando no que a prática do tai chi pode ajudar o cérebro? A prática compreende a aprendizagem e memorização de novas habilidades, treinamento do foco atencional, alternância e multitarefas, influenciando o armazenamento e manipulação de informações; conseguir dividir a atenção, como por exemplo, entre dirigir e cantar.
Treino Cognitivo
Treino em computadores, utilizando videogames e jogos online.
Estimular a socialização
Atividades que envolvam a interação social, como ir a parques, clubes, eventos esportivos, viajar, trabalho voluntário e sair com os amigos.
Com os avanços das pesquisas, da ciência e tecnologia, as técnicas de prevenção estão em constante evolução, sendo assim, em breve teremos mais técnicas a serem utilizadas.
Até nosso próximo encontro.
Isis Honorato
Psicóloga 06/92763
Especialista em Neuropsicologia
Idealizadora do Inovamente Psicologia
*Cláudia é um nome fictício.
Referência
Psicogeriatria na prática clínica / Antonio Lucio Teixeira, Breno Satler Dinis e Leandro F. Malloy-Diniz. São Paulo: Person Clinical Brasil, 2017.
Imagem: Pixabay