É uma das funções cognitivas que eu mais gosto de estudar e falar sobre – a Memória. Você deve estar se perguntando por que escolhi essa: simples, porque ela fala a respeito de cada um de nós, sobre a nossa história. E eu sou uma pessoa apaixonada por história de vida!

Você pode não saber o que é memória, mas tenho certeza que toda vez que ela falha, ou seja, quando você esquece algo, você se recorda dela!

Memória é a capacidade de aprender, sobre vários momentos da história do nosso país, do mundo, vir a recorda no momento da prova de história, num concurso ou em um discurso para embasar uma ideia. É decorar o número do seu CPF e toda vez que alguém perguntar CPF na nota, você fala os números; é voltar no tempo ao ouvir uma música que marcou uma época da sua vida ou se lembrar do perfume de alguém especial.

A memória nos dá referência e nos permite pensar no futuro, nos tornam em únicos, não existe outro ser humano com as mesmas memórias. Sendo a união dessas memórias o determinante da nossa personalidade. Por isso, é tão aterrorizante perder a memória, esquece-se quem se é, do que se gosta, não se recordar dos rostos familiares e onde se mora.

A memória é avaliada em todas as avaliações neuropsicológicas, principalmente quando a queixa é:

– Esquecimentos recorrentes;

– Histórico de vida ou familiar de demências de Alzheimer e Acidente Vascular encefálico (AVE), mas conhecido com AVC;

– E queixas de aprendizagens escolares.

Nossa memória tem um funcionamento muito peculiar esquece o que é trivial ou não foi significativo emocionalmente para você, ao longo do dia e dos anos e vai sendo acrescida ao longo do tempo fatos irreais e algumas variações do que ocorreu, para enriquecer os acontecimentos, principalmente quando estes fatos fazem referência dos nossos familiares e amigos.

Referência bibliográfica – Memória – Ivan Izquierdo – Porto Alegre: Artmed, 2011