Melissa* está vivendo os primeiros momentos da maternidade, não anda dormindo direito a mais de oito semanas, aproveita os espaços entre as mamadas do pequeno Pedro* para pôr a casa em ordem e descansar quando dá tempo.
Sempre que ela está com Pedro nos braços fica se perguntando o que será que ele está pensando? Será que irá recordar?
Será que um bebê já tem memória? Tem sim.
Memória é compreendida como a capacidade de adquirir novas informações, formá-las, mantê-las e lembra-se delas. É um determinante da nossa personalidade. A partir do nascimento e durante seu desenvolvimento até o três anos de idade é provável que o pequeno Pedro* tenha presente dois tipos de memória:
- Memória de trabalho, observada quando o bebê consegue diferenciar estímulos simples, reações de dor e de carinho;
- Memória de curta duração, percebidas no reflexo do choro para mamar.
Assim que Pedro aprender a falar, isso irá ocorrer por volta dos três anos, às memórias anteriores serão armazenadas, mas ele não conseguirá expressa-las. Contudo, elas serão de suma importância emocionalmente.
De acordo com as últimas pesquisas, é possível afirmar que a origem de grande parte da nossa vida afetiva está nessas memórias antigas e é nesta fase, antes da aquisição da linguagem, que aprendemos a diferenciar quem é confiável ou não.
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Até Breve!
Isis Honorato
Psicóloga 06/92763
Especialista em Neuropsicologia
Idealizadora e Criadora Desenvolvedora da Inovamente Psicologia
Colunista Oportunaidade
Coautora do e-book – E agora pais? Lidando com os desafios do universo infantil
Coautora do livro digital – Como se destacar no mercado de trabalho Da escolha profissional à entrevista por competência
*Melissa e Pedro são nomes fictícios.
Referência:
Izquierdo, Iván. Memória. 2.ed.,rev. e ampl. – Porto Alegre: Artmed, 2011