Avaliação neuropsicológica na Terceira Idade: quando o esquecimento é normal?

Rosana* é filha de D. Rosa*(65 anos); leu num site sobre o envelhecimento populacional, que até 2020 o número de pessoas acima de 60 anos deverá ultrapassar os 20 milhões no Brasil.

Rosana está preocupada com sua mãe devido à freqüência de suas queixas de esquecimentos – ela alega que sua memória não é mais a mesma. Percebe que ela está se vestindo igual por dois dias seguidos; não se recorda mais de alguns momentos da família e vive com o nome de alguém na ponta da língua, mas esse nome não sai.

Devido a estas reclamações da mãe, Rosana andou pesquisando sobre problemas de memória, compreendendo que a memória é a capacidade de adquirir novas informações, formá-las, mantê-las e recordar-se delas, sendo mais afetada com o avanço da idade. Soube que os esquecimentos freqüentes podem ser prelúdio de uma demência, em especial a doença de Alzheimer.

Sabendo que o esquecimento é um processo normal e até esperado, imaginemos se fossemos capazes de lembrar de tudo que vivemos; seria impossível para o cérebro manter todas essas lembranças e recordá-las! Por isso, é primordial buscar ajuda especializada para diferenciar um esquecimento normal, esperado pela idade, de uma demência senil.

Neste caso, as especialidades médicas indicadas são a geriatria, neurologia e neuropsicologia, para fazer um diagnóstico diferencial.

O papel do neuropsicólogo é realizar a avaliação neuropsicológica para auxílio no diagnóstico, permitindo a compreensão de como o idoso processa a informação, como é a armazenada na memória e como é a recordação desta, diferenciando o que está em pleno funcionamento do que precisa ser mais trabalhado.

O processo da avaliação neuropsicológica se inicia com uma entrevista inicial para melhor compreensão do cenário: um familiar deve relatar o que está acontecendo com o idoso, como é a rotina, qual o motivo da avaliação, se teve encaminhamento médico etc.  Na seqüência, é feita a entrevista com o idoso.

Constatada a necessidade de tratamento, é realizado o planejamento da avaliação, quantas sessões terapêuticas serão necessárias e a duração. São selecionados instrumentos – testes que serão utilizados para avaliação, sua interpretação e integração para a devolução dos resultados para família e o idoso – permitindo o correto encaminhamento para um neuro ou geriatra, se necessário.

Até nosso próximo encontro.

Isis Honorato

Psicóloga 06/92763

Especialista em Neuropsicologia

Idealizadora da Inovamente Psicologia

*Rosana e Rosa são nomes fictícios.

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